Miomas Uterinos
O mioma é um tumor benigno que pode causar sangramento anormal, dor e dificuldades para engravidar
O mioma uterino é um tumor benigno que se forma no tecido muscular do útero, acometendo principalmente mulheres em idade reprodutiva, isto é, quando elas podem engravidar.
A localização do mioma uterino pode variar, assim como o seu tamanho, que pode ser microscópico ou chegar a vários centímetros.
Trata-se de uma alteração relativamente comum que, na maioria dos casos, não provoca sintomas significativos, sendo diagnosticado em exames de rotina que incluem ultrassonografia ou histeroscopia.
É muito raro que um mioma uterino evolua para um tumor maligno com o passar dos anos, mas isso não significa que a mulher pode se descuidar.
É fundamental que a paciente seja acompanhada pelo médico, pois a presença de um mioma uterino pode levar a complicações como anemia, dores e até mesmo infertilidade.

O mioma uterino é uma patologia de causas desconhecidas que se desenvolve quando as células do tecido muscular do útero se multiplicam de forma desordenada, formando o tumor. É sabido que os hormônios progesterona e estrogênio têm relação direta com o desenvolvimento dos miomas. Por isso, essas formações tendem a diminuir com a menopausa.
Além dos hormônios, outros fatores podem influenciar na formação do mioma uterino. São eles:
- Predisposição genética;
- Obesidade;
- Alimentação inadequada;
- Consumo excessivo de bebidas alcoólicas;
- Início da menstruação em idade precoce;
- Nuliparidade (não ter filhos);
- Terapia de reposição hormonal.
O mioma uterino pode ser classificado em diferentes tipos, de acordo com o local em que se desenvolve no útero. São eles:
- Subseroso: localiza-se na parte mais externa do útero;
- Intramural: surge dentro das paredes do útero;
- Submucoso: neste caso, o mioma uterino se desenvolve na parte interna do órgão.
A maioria das mulheres com mioma uterino não apresenta qualquer sintoma relacionado à alteração, e a presença dos tumores benignos é identificada durante a realização de exames ginecológicos de rotina. Em geral, apenas quando o mioma é grande ou há a presença de vários miomas, é que a paciente pode manifestar alguns sinais clínicos, como:
- Cólicas intensas;
- Dor durante as relações sexuais;
- Sangramento vaginal;
- Prisão de ventre;
- Período menstrual prolongado;
- Sensação de inchaço;
- Dificuldade para urinar;
- Ganho de peso.
Também podem ocorrer alguns sintomas compressivos, como:
– Aumento da frequência urinária;
– Retenção de urina;
– Compressão dos vasos pélvicos, causando varizes e inchaços nas pernas.
Em geral, o diagnóstico é feito a partir de exames de imagem que permitem visualizar a cavidade uterina, tais como ultrassom transvaginal e histeroscopia. Em casos inconclusivos, o médico pode solicitar a realização de uma ressonância magnética.
Por ser uma alteração benigna, o mioma uterino não precisa necessariamente de tratamento. Em geral, é indicado apenas que a paciente faça um acompanhamento periódico para que o médico avalie se houve progressão do tumor. Nos casos em que a presença da alteração causa sintomas incômodos, como dor intensa ou menstruação abundante, o médico pode indicar:
- Uso de anti-inflamatórios e analgésicos para controle das cólicas e reduzir o sangramento;
- Uso de medicamentos hormonais;
- Suplementação de ferro.
Quando o mioma uterino provoca sintomas que impactam na qualidade de vida e passa a pressionar outros órgãos, ou, ainda, quando o médico identifica que ele pode ser uma causa provável de infertilidade para as mulheres que estão encontrando dificuldade para engravidar, pode ser recomendada cirurgia, conhecida como miomectomia.
Neste procedimento, apenas o mioma é removido, mantendo-se o útero intacto. É a cirurgia mais indicada para mulheres que desejam engravidar.
No caso do mioma submucoso (localizado na cavidade uterina) pode ser realizada a histeroscopia cirúrgica, um procedimento realizado pela via vaginal que não demanda uma incisão cirúrgica e permite uma recuperação mais ágil da paciente.
No caso dos miomas intramurais, a cirurgia pode ser realizada pelo método convencional (um corte maior no abdômen), por videolaparoscopia ou por embolização. A embolização é um procedimento minimamente invasivo que consiste na interrupção do fluxo sanguíneo que mantém e nutre os miomas.
Com isso, seu volume pode ser reduzido em até 70%. Em mais de 90% dos casos têm-se uma redução dos sintomas, principalmente de sangramento, cólicas e sensação de peso e desconforto na pelve. A alta hospitalar é dada, geralmente, emras e a recuperação é rápida.
A utilização de alguns medicamentos também pode ser indicada antes do procedimento cirúrgico, de modo a promover a redução do mioma uterino e facilitar sua remoção.
Apenas um médico especializado em reprodução humana poderá avaliar se o mioma uterino realmente está causando dificuldades para engravidar e se a cirurgia é a melhor opção para o caso.
Estima-se que entre 3 e 5% dos casos de infertilidade feminina estejam associados à presença de mioma uterino, sendo que 15% deles estão associados a outros fatores de infertilidade — como endometriose ou doença inflamatória pélvica. Por mais que seja benigna, a existência deste tumor pode fazer com que a parte interna do útero apresente deformidades e alterações circulatórias, dificultando a gestação.
Os miomas podem ocupar qualquer região do útero e, quanto mais perto eles estiverem da parte central, maior a probabilidade de provocarem sangramento e dificultarem uma gestação, podendo até levar a quadros de abortamento. Por isso, mulheres com quadros de mioma uterino que desejam engravidar devem ser acompanhadas por um ginecologista, mesmo nos casos em que a alteração é assintomática.
É importante destacar que não é sempre que a presença do mioma vai dificultar a gravidez, sendo também bastante comum que o problema só seja identificado ao longo de uma gestação. Isso acontece porque o processo gestacional altera muito os hormônios do organismo feminino, favorecendo o crescimento do mioma uterino. Nesse caso, é necessário acompanhar o volume do mioma ao longo das semanas gestacionais.
É muito comum que, mesmo diante da presença de um mioma uterino, a mulher consiga engravidar e ter uma gestação saudável. Os sintomas específicos da alteração geralmente só aparecem quando os tumores são grandes e numerosos, podendo fazer com que a gravidez seja considerada de risco. Algumas das principais complicações possíveis nesses casos são:
- Dor e cólica abdominal em qualquer período da gestação;
- Aborto;
- Descolamento da placenta;
- Limitação do crescimento do bebê;
- Risco de hemorragia pós-parto;
- Parto prematuro.
O acompanhamento obstétrico e ginecológico é fundamental para manter a alteração sob controle e evitar complicações à saúde da mãe ou do bebê. O parto também pode precisar de planejamento mais cuidadoso, principalmente no caso de miomas com elevado risco de sangramento, que são muito dolorosos e que ocupam muito espaço no útero. A escolha pelo tipo de parto mais adequado deve ser discutida previamente com o obstetra.
Para saber mais a respeito do mioma uterino, como ele afeta o organismo feminino e a relação entre esse tipo de tumor e a fertilidade feminina, entre em contato e agende uma consulta com os profissionais da Fértil.
Fontes:
MSD
Biblioteca Virtual em Saúde
Pfizer
Febrasgo

Dr. Orestes Prudêncio
Especialista em Reprodução Humana pelo Hospital das Clínicas-UFMG | Crm
Sou o Dr. Orestes, sócio fundador da Fértil, Clínica de Reprodução Humana. Nós temos como propósito realizar o sonho dos casais de conceber uma nova vida!
Para isso, contamos com equipe multidisciplinar composta por especialistas em reprodução humana, ginecologistas, obstetras, entre outros.
Quando a mulher está tentando engravidar, mesmo que mantenha relações sexuais regulares com o parceiro, o sexo só pode resultar em gravidez em um curto período de tempo, conhecido como período fértil ou janela fértil.
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