Período fértil: o que é e como calcular?
Quando a mulher está tentando engravidar, mesmo que mantenha relações sexuais regulares com o parceiro, o sexo só pode resultar em gravidez em um curto período de tempo, conhecido como período fértil ou janela fértil.
O ciclo menstrual pode ser dividido em três fases: folicular, ovulatória e lútea. O funcionamento correto delas é fundamental para a concepção e desenvolvimento da gravidez.
O período fértil ocorre na fase de ovulação e pode ser calculado com bastante precisão nos ciclos regulares. Em ciclos irregulares, no entanto, a fórmula considera intervalos diferentes e é mais difícil determinar quando a mulher está no período fértil.
Saiba como calcular o período fértil nos ciclos regulares e irregulares neste texto. Ele aborda ainda as principais causas de irregularidade menstrual e como elas podem interferir na fertilidade feminina.
Veja como calcular o período fértil em ciclos regulares
Na fase folicular, o crescimento dos folículos é estimulado pelo hormônio FSH.
Na fase ovulatória, o LH funciona como gatilho para maturação final do óvulo e para o rompimento do folículo. A ovulação geralmente ocorre 14 dias antes da menstruação.
Após a ovulação, na fase lútea, o folículo que se rompeu e liberou o óvulo se transforma em corpo-lúteo e passa a produzir progesterona e estrogênio, hormônios que preparam o endométrio para receber o embrião. A fase lútea é fixa e dura 14 dias.
Assim, para calcular o momento mais próximo da ovulação, basta subtrair 14 do número de dias do ciclo menstrual, quando o ciclo é regular.
O óvulo liberado (ovulação) pode “aguardar” os espermatozoides por aproximadamente 2 dias, e os espermatozoides podem sobreviver por até 3 dias no organismo feminino. Assim, o período fértil tem a duração de aproximadamente cinco dias.
Para calcular o período fértil, naquelas com ciclos regulares, basta se definir o momento da ovulação e subtrair e somar 2 dias. Como exemplo, uma mulher que tem ciclos menstruais de 28 dias, tem como período fértil os dias 12 a 16 do ciclo menstrual.
Diferentes fatores podem provocar irregularidades menstruais.
Veja como calcular o período fértil em ciclos regulares
Além de serem comuns próximo à menarca e menopausa, as irregularidades no ciclo menstrual podem ser provocadas por diferentes doenças. Exemplos incluem síndrome dos ovários policísticos (SOP), doenças da tireoide ou neoplasias.
Estresse, transtornos emocionais como ansiedade e depressão, variações de peso e hábitos como tabagismo ou alcoolismo são ainda fatores que aumentam as chances de ciclos irregulares.
Irregularidades no ciclo menstrual são causadas por disfunção na ovulação (anovulação), considerada a causa mais comum de infertilidade feminina.
Pequenas variações (até 10 dias) no número de dias do ciclo menstrual são consideradas normais para ciclos regulares.
Os ciclos irregulares são aqueles com grandes diferenças entre um mês e outro, com variações de 15, 45 ou até mesmo 90 dias. Nesses casos, deve-se pensar na possibilidade de anovulação crônica.
A fórmula para calcular o período fértil em ciclos regulares considera a variação entre o ciclo mais curto e o mais longo, que acontecem no intervalo de um ano. Do ciclo mais curto são subtraídos 18 dias e do mais longo 11 dias. O resultado define o período mais fértil para que ocorra a fecundação.
Por exemplo, caso o ciclo mais curto seja de 25 dias e o mais longo de 35 dias, o cálculo é: 25-18 = 7 e 35 -11 = 24. O período fértil, nesse caso, é do dia 7 ao dia 24 do ciclo menstrual.
O intervalo maior diminui a margem de erro. Para aumentar a chance da fecundação ocorrer, é importante manter relações sexuais nesse período de 17 dias, pelo menos a cada 3 dias, e ficar atenta a sinais do corpo, como:
Temperatura corporal basal: a temperatura do corpo geralmente aumenta logo após a ovulação;
Corrimento semelhante à clara de ovo: o muco cervical facilita o transporte dos espermatozoides na vagina. Para isso, torna-se menos espesso e mais elástico quando a ovulação se aproxima.
Alteração nas mamas: as mamas, além de levemente aumentadas, também ficam mais sensíveis ao toque.
Quando o folículo se rompe, podem ocorrer cólicas mais leves, ao mesmo tempo que há ainda um aumento de androgênios, estimulando a libido.
Testes de ovulação também ajudam a detectar a presença do hormônio luteinizante (LH), que desencadeia a ovulação. Altos níveis de LH indicam que o folículo está próximo ao rompimento.
Nos casos em que a mulher com irregularidades menstruais não consegue engravidar, é possível ainda contar com os tratamentos de reprodução assistida, que possibilitam estimular o desenvolvimento folicular.
Já na FIV (fertilização in vitro), que realiza a fecundação em laboratório, o objetivo é obter um número mais alto de óvulos, aumentando as chances de formação de embriões e, naturalmente, de gravidez.
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Dr. Orestes Prudêncio
Especialista em Reprodução Humana pelo Hospital das Clínicas-UFMG | Crm
Sou o Dr. Orestes, sócio fundador da Fértil, Clínica de Reprodução Humana. Nós temos como propósito realizar o sonho dos casais de conceber uma nova vida!
Para isso, contamos com equipe multidisciplinar composta por especialistas em reprodução humana, ginecologistas, obstetras, entre outros.
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