Reprodução Humana
A reprodução humana é um processo bastante complexo que, para acontecer de maneira natural, depende de uma série de fatores que envolvem tanto o homem quanto a mulher. Para a maioria dos casais, ela pode ocorrer por meio da relação sexual. Porém, há situações em que não é possível engravidar por esse meio.
Na Medicina, a área da reprodução humana auxilia esses casais que, por algum motivo, têm dificuldades para iniciar sua jornada na maternidade e paternidade.
As principais razões que podem levar a uma dificuldade de engravidar estão relacionadas a alterações que podem estar presentes no organismo feminino, no masculino e até mesmo em ambos.
Quando um casal apresenta dificuldades para engravidar naturalmente, o ideal é procurar um especialista em reprodução humana para avaliar o caso de maneira individualizada.
Com base em exames e diagnóstico do caso, este profissional poderá indicar a técnica mais adequada para que o casal consiga engravidar — que pode ser tanto o tratamento de uma condição específica quanto um tratamento de reprodução assistida.
Um casal passa a ser considerado infértil se não houver uma gestação após pelo menos 1 ano de relações sexuais frequentes e sem uso de contraceptivos. Mulheres que tenham idade acima de 35 anos deveriam procurar ajuda especializada após 6 meses de tentativa. Estima-se que cerca de 15% dos casais enfrentam alguma dificuldade para engravidar e essa estatística apresenta uma tendência de crescimento.
O diagnóstico é feito após a realização de exames de imagem e análises clínicas que podem identificar o que está impedindo a gravidez. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 30% dos casos de infertilidade têm como causa principal um problema originado no organismo masculino — o que pode estar relacionado a uma doença, a alterações no DNA espermático ou a condições externas que tenham relação com o estilo de vida do paciente.
Em geral, os principais fatores de infertilidade masculina são:
- Varicocele;
- Causas genéticas;
- Infecções ou traumas;
- Hábitos de vida considerados prejudiciais à saúde (tabagismo, sedentarismo e obesidade);
- Fragmentação do DNA espermático;
- Criptorquidia (quando os testículos não descem completamente);
- Exposição a ambientes tóxicos.
A infertilidade feminina, por sua vez, é responsável por outros 30% dos casos de infertilidade conjugal. As causas também são bastante variáveis e os principais fatores de infertilidade da mulher são:
- Idade acima dos 35 anos;
- Distúrbios de ovulação;
- Menopausa precoce;
- Obstrução nas trompas;
- Fatores genéticos;
- Malformações uterinas.
Os demais casos de infertilidade são considerados de causa mista ou não conhecida. O tratamento vai depender dos fatores identificados, demandando avaliação criteriosa do especialista em reprodução humana.
Quando é identificada a infertilidade conjugal, o próximo passo geralmente consiste em escolher e conduzir o tratamento mais adequado para cada caso. Em geral, cada fator de infertilidade responde melhor a um tratamento de reprodução humana específico, que deverá ser escolhido pelo médico em conjunto com o casal que pretende engravidar.
Os principais tratamentos de reprodução humana são:
Fertilização in vitro (FIV)
A fertilização in vitro (FIV) é um tratamento que consiste no encontro do óvulo com o espermatozoide em um processo realizado em laboratório. Geralmente, os óvulos são coletados após estímulo ovariano e fertilizados pelos espermatozoides, resultando em embriões que posteriormente serão transferidos para o útero. Para que as chances de uma gestação pela FIV sejam maiores, uma das técnicas mais utilizadas no tratamento é a injeção intracitoplasmática de espermatozoides (ICSI, na sigla em inglês). Nela, um espermatozoide saudável é selecionado microscopicamente e inserido diretamente dentro do óvulo. Dessa maneira, é possível separar material genético em condições para fertilização, revertendo problemas como alterações na quantidade ou qualidade dos espermatozoides.
A chance de uma fertilização in vitro sem bem sucedida está diretamente relacionada com a idade da mãe. Apesar da receptividade do endométrio da mulher e da qualidade do embrião produzido serem fatores importantes, a idade da paciente é determinante para o sucesso do tratamento. Por esse motivo, o procedimento pode ser indicado para os casos de idade avançada.
Inseminação artificial
Este é um tratamento de reprodução humana no qual o sêmen é depositado dentro da cavidade uterina no momento próximo ao período da ovulação. A inseminação artificial é considerada um procedimento de baixa complexidade e indicada principalmente para mulheres que apresentam distúrbios de ovulação, além de homens com alterações discretas no sêmen.
Coito programado
Este tratamento de reprodução humana é bastante simples: a partir do acompanhamento do ciclo reprodutivo da mulher, o especialista ajuda a determinar o melhor dia para que o casal tenha relações sexuais, com mais chances de gravidez. Para favorecer este processo, os ovários da mulher podem ser estimulados por meio de medicamentos.
Mini-FIV
A mini-FIV é indicada para mulheres com extrema baixa reserva ou baixa resposta aos hormônios e que desejam engravidar com óvulos próprios, além de alguns casos específicos nos quais se visa diminuir custos ou até mesmo diminuir as chances de ter muitos embriões formados. Nessa técnica, a indução da produção de óvulos prioriza especialmente a qualidade do material genético, em vez de focar na quantidade.
Há situações em que pode ser necessário que o casal seja submetido a outros tratamentos para tentar uma gravidez. Sendo eles:
Cirurgia de miomas
A intervenção cirúrgica para o tratamento de miomas é recomendada apenas quando os tratamentos clínicos ou cirúrgicos conservadores não foram capazes de controlar os sintomas. O procedimento também pode ser indicado quando há suspeita de malignidade do tumor ou nos casos em que a mulher apresenta dificuldades para engravidar. Existem duas opções cirúrgicas: a miomectomia e a histerectomia. No primeiro caso, é feita a retirada somente do mioma, preservando assim os órgãos reprodutivos da mulher.
Esta é a intervenção geralmente recomendada para pacientes que desejam engravidar. A histerectomia, por sua vez, é uma cirurgia que consiste na retirada do útero — seja de maneira total ou parcial. Esta é uma intervenção recomendada principalmente para mulheres que já tiveram filhos e não têm mais o desejo de engravidar.
Cirurgia de endometriose
Quando os medicamentos não surtem o efeito desejado para o controle da endometriose, pode-se optar pela cirurgia. Ela é indicada tanto para controle dos sintomas quanto para as mulheres que desejam engravidar, pois a endometriose é um dos principais fatores de risco para a fertilidade feminina.
Reversão de laqueadura
Na reversão da laqueadura, é feita a religação das tubas uterinas para que a mulher possa engravidar novamente. Porém, a reversão é considerada um procedimento complexo e a taxa de sucesso extremamente variável. Quando não há a possibilidade de reversão, a gestação pode ser alcançada através da fertilização in vitro. Na FIV, o encontro do óvulo com o espermatozoide é realizado no laboratório, substituindo a função das tubas.
Reversão da vasectomia
A cirurgia consiste na religação (anastomose) dos canais que conduzem os espermatozoides, os deferentes, que foram interrompidos por ocasião da vasectomia. Porém, nem sempre a reversão apresenta um sucesso adequado, pois alguns fatores estão envolvidos, principalmente o tempo da vasectomia.
De forma geral, após 10 anos da vasectomia a taxa de sucesso diminui consideravelmente, variando de 20% a 80%. Já a taxa de gestação natural após a reversão é de cerca de 30%.
O tratamento de reprodução humana pode ter custos variados e que dependem de diversos fatores, tais como o procedimento indicado para o caso e a quantidade de tentativas necessárias para o sucesso da gravidez. Além disso, são necessários alguns exames que vão ajudar a identificar as possíveis causas da infertilidade.
Mas o casal, quando tem o sonho de formar uma família, quase sempre não mede esforços para que esse sonho seja realizado. É claro que os valores financeiros devem ser avaliados e considerados nessa decisão, mas sabemos que não só eles.
Por isso, na Fértil criamos o Programa Acesso e o Programa Fertilizando Sonhos, que busca auxiliar os casais de renda mais baixa que estão com dificuldades na concepção. Qualquer casal de baixa renda portador de fatores que impeçam uma gestação pode cadastrar-se nos programas para conseguir realizar o sonho de ter um filho.
Desde que o Programa foi criado, em 2012, tivemos o prazer de tratar dezenas de pacientes, ajudando-os a realizar o sonho de formar uma família.
A Fértil é uma clínica de reprodução humana que oferece tratamentos de reprodução assistida de alta e baixa complexidade, solucionando problemas de fertilidade relacionados a fatores tanto femininos como masculinos. A clínica realiza todos os procedimentos citados, além de trabalhar com diagnósticos genéticos, útero solidário, doação de óvulos e programas de ovorecepção. Entre em contato para saber mais.
Dr. Orestes Prudêncio
Especialista em Reprodução Humana pelo Hospital das Clínicas-UFMG | Crm
Sou o Dr. Orestes, sócio fundador da Fértil, Clínica de Reprodução Humana. Nós temos como propósito realizar o sonho dos casais de conceber uma nova vida!
Para isso, contamos com equipe multidisciplinar composta por especialistas em reprodução humana, ginecologistas, obstetras, entre outros.
Quando a mulher está tentando engravidar, mesmo que mantenha relações sexuais regulares com o parceiro, o sexo só pode resultar em gravidez em um curto período de tempo, conhecido como período fértil ou janela fértil.
Entenda como funciona…
Pronto para conhecer os tratamentos e serviços inovadores oferecidos pela Fértil?
Agende uma consulta para avaliação com os nossos profissionais.