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Tratamento de Mioma

O tratamento dos miomas uterinos nem sempre é necessário, devendo ser realizado apenas um acompanhamento da evolução deles e controle dos sintomas. Isso significa, portanto, que não existe uma abordagem terapêutica específica que vale para todas as pacientes com este tipo de alteração, sendo sempre necessária uma avaliação individualizada do caso para determinar os procedimentos mais adequados.

De modo geral, o tratamento de mioma costuma ser mais focado nos sintomas apresentados e nas características da paciente. 

Vale lembrar que este é um nódulo que tende a diminuir quando a mulher entra da menopausa, com desaparecimento ou redução significativa dos sintomas, justificando o acompanhamento especializado como principal metodologia a ser adotada na maioria dos casos.

Tratamento de Mioma

O mioma é um tumor benigno do útero que frequentemente acometem mulheres em idade fértil, regredindo após a menopausa. Estima-se que essa alteração esteja presente em cerca de 15% das mulheres, embora a maioria delas não apresente sintomas. O diagnóstico normalmente ocorre em exames ginecológicos de rotina, não demandando grandes preocupações por parte da paciente.

Mulheres com casos de mioma uterino na família apresentam maior predisposição a desenvolver este tipo de tumor, indicando que a genética pode ter influência direta na formação dos nódulos uterinos. Apesar disso, os miomas não têm uma causa bem estabelecida, e se formam quando as células do tecido muscular do útero se multiplicam de forma desordenada.

Essa proliferação desordenada pode estar associada a alterações hormonais, uma vez que a ocorrência é muito rara em mulheres na menopausa e que ainda não atingiram a puberdade. Pacientes hipertensas, obesas, que nunca tiveram filhos ou que são de etnia negra também estão mais propensas a desenvolver miomas uterinos.

Como foi explicado, a maioria das mulheres com mioma não apresentam sintomas da doença, sendo que os casos geralmente são diagnosticados quando há um achado casual nos exames de rotina. O aparecimento dos sintomas depende principalmente da localização do tumor e de suas dimensões, sendo que os principais sinais que podem se manifestar são:

  • Período menstrual aumentado e com maior perda de sangue;
  • Cólicas intensas;
  • Dor durante as relações sexuais;
  • Prisão de ventre;
  • Aumento da frequência urinária;
  • Dificuldades para engravidar;
  • Sensação de peso na região do abdômen;
  • Abortamentos de repetição.

É importante lembrar que a presença desses sintomas nem sempre é um indicativo de tumor benigno no útero. Ao identificar os sinais listados, o ideal é procurar um ginecologista e realizar os exames que serão solicitados pelo especialista. Apenas um diagnóstico especializado poderá apontar a necessidade de realizar um tratamento de mioma ou para qualquer outra alteração que for encontrada.

Por se tratar de um tumor, o diagnóstico de mioma uterino geralmente assusta. Porém, o problema não representa uma ameaça à saúde da mulher, uma vez que a alteração é benigna e não representa um risco aumentado para o desenvolvimento de câncer de colo de útero. 

Apesar disso, é recomendado um acompanhamento regular para evitar complicações e minimizar os desconfortos — como anemia associada à perda de sangue ou dores abdominais.

O tratamento de mioma não costuma ser necessário, especialmente em casos assintomáticos que permitem a convivência com o tumor sem nenhuma alteração no bem-estar e saúde da mulher. Porém, quando o problema se desenvolve e causa desconforto à paciente, é necessário encontrar a metodologia terapêutica mais adequada para cada caso.

Nos casos em que o problema traz incômodos ou é prejudicial à saúde da mulher, as opções para tratamento de mioma são diversas, e incluem o uso de medicamentos, técnicas de embolização e até mesmo intervenção cirúrgica.

As metodologias de tratamento que utilizam medicamentos podem incluir tanto o uso de drogas injetáveis como as de uso oral. Normalmente, esses fármacos contêm hormônios que ajudam a controlar o sangramento menstrual, inibem o crescimento do mioma ou até mesmo contribuem para a redução de seu tamanho. A pílula anticoncepcional é uma das principais medicações que podem ser indicadas nesses casos.

Além do tratamento hormonal, o tratamento de mioma pode ser feito por meio de anti-inflamatórios, antifibrinolíticos e até mesmo suplementação de ferro. A escolha dos medicamentos varia conforme os sintomas apresentados pela paciente, e deve ser feita da maneira individualizada pelo ginecologista que acompanha o caso.

A técnica de embolização é outra eficiente opção para tratamento de mioma. Este é um procedimento simples, em que o médico introduz um cateter na região da virilha da paciente e injeta partículas que impedem a chegada de sangue ao mioma, impedindo assim que ele continue a crescer.

A intervenção cirúrgica é um tratamento de mioma que costuma ser recomendado apenas quando as demais metodologias conservadoras não foram capazes de controlar os sintomas. O procedimento também pode ser indicado quando há suspeita de malignidade do tumor ou nos casos em que a mulher apresenta dificuldades para engravidar, e a localização do mioma pode levar a essa dificuldade.

Existem duas opções cirúrgicas quando o assunto é tratamento de mioma: a miomectomia e a histerectomia. No primeiro caso, é feita a retirada somente do mioma, preservando assim os órgãos reprodutivos da mulher. Esta é a intervenção geralmente recomendada para pacientes que desejam engravidar, e pode ser realizada por histeroscopia, laparoscopia, cirurgia robótica ou laparotomia (corte semelhante ao da cesárea).

A histerectomia, por sua vez, é uma cirurgia que consiste na retirada do útero — seja de maneira total ou parcial. Esta é uma intervenção recomendada principalmente para mulheres que já tiveram filhos e não têm mais o desejo de engravidar.

Como foi visto, não existe uma abordagem única e definitiva para o tratamento de mioma uterino, sendo que muitas vezes uma abordagem terapêutica sequer é necessária. Caso você tenha algum dos sintomas associados ao problema ou recebeu o diagnóstico desta doença, entre em contato com os especialistas da Fértil e agende uma consulta para discutir as opções mais adequadas para seu caso!

Fontes:

Clínica de Reprodução Humana – Fértil;

Portal Gineco;

Manual MSD;

Dr. Orestes Prudêncio

Especialista em Reprodução Humana pelo Hospital das Clínicas-UFMG | Crm

Sou o Dr. Orestes, sócio fundador da Fértil, Clínica de Reprodução Humana. Nós temos como propósito realizar o sonho dos casais de conceber uma nova vida! 

Para isso, contamos com equipe multidisciplinar composta por especialistas em reprodução humana, ginecologistas, obstetras, entre outros.

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